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GLOSSÁRIO
Nesta secção poderá navegar-se entre alguns termos que vão surgindo ao longo do arquivo, compreendendo melhor e/ou aprofundando diferentes conceitos. Este glossário é uma secção em constante construção, e por isso aberta a receber sugestões.
[1] Mareis, C., & Paim, N. (2021). Design Struggles, An Attempt to Imagine Design Otherwise. Em C. Mareis, & N. Paim, Design Struggles – Intersecting Histories, Pedagogies, and Perspectives, pp. 11-22. Amsterdão: Valiz.
[2] Martins, L. P. (2014). Privilege and Oppression: Towards a Feminist Speculative. Design's Big Debates – DRS International. Suécia.
[3] Costanza-Chock, S. (2021). Design Justice, Towards an Intersectional Feminist Framework for Design Theory and Practice. Em C. Mareis, & N. Paim, Design Struggles – Intersecting Histories, Pedagogies, and Perspectives, pp. 333-353. Amsterdão: Valiz.
[4] Thorsen, S. (2020). Counter-Archiving: Combating Data Colonialism. Medium. Obtido de: https://bityli.com/XBwY0r.
[5] Carter, R. G. (2006). Of Things Said and Unsaid: Power, Archival Silences, and Power in Silence. Archivaria 61. Obtido de https://bityli.com/rvR1MV.
[6] Lages, M., & Matos, A. (2009). Da multiculturalidade à interculturalidade. Povos E Culturas, (13), pp.9-43. https://doi.org/10.34632/povoseculturas.2009.8668
[7] Lages, M., & Matos, A. (2009). Da multiculturalidade à interculturalidade. Povos E Culturas, (13), pp.9-43. https://doi.org/10.34632/povoseculturas.2009.8668
[8] Varela, A. (2018). Dicionário da Migração. Jornal Rosa Maria (10), pp.04-05. Obtido de https://issuu.com/renovaramouraria/docs/rosamaria_n10.
[9] Varela, A. (2018). Dicionário da Migração. Jornal Rosa Maria (10), pp.04-05. Obtido de https://issuu.com/renovaramouraria/docs/rosamaria_n10.
[10] Porto Editora – gentrificação no Dicionário infopédia da Língua Portuguesa. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-21 14:37:49]. Disponível em https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/gentrificação
[2] Martins, L. P. (2014). Privilege and Oppression: Towards a Feminist Speculative. Design's Big Debates – DRS International. Suécia.
[3] Costanza-Chock, S. (2021). Design Justice, Towards an Intersectional Feminist Framework for Design Theory and Practice. Em C. Mareis, & N. Paim, Design Struggles – Intersecting Histories, Pedagogies, and Perspectives, pp. 333-353. Amsterdão: Valiz.
[4] Thorsen, S. (2020). Counter-Archiving: Combating Data Colonialism. Medium. Obtido de: https://bityli.com/XBwY0r.
[5] Carter, R. G. (2006). Of Things Said and Unsaid: Power, Archival Silences, and Power in Silence. Archivaria 61. Obtido de https://bityli.com/rvR1MV.
[6] Lages, M., & Matos, A. (2009). Da multiculturalidade à interculturalidade. Povos E Culturas, (13), pp.9-43. https://doi.org/10.34632/povoseculturas.2009.8668
[7] Lages, M., & Matos, A. (2009). Da multiculturalidade à interculturalidade. Povos E Culturas, (13), pp.9-43. https://doi.org/10.34632/povoseculturas.2009.8668
[8] Varela, A. (2018). Dicionário da Migração. Jornal Rosa Maria (10), pp.04-05. Obtido de https://issuu.com/renovaramouraria/docs/rosamaria_n10.
[9] Varela, A. (2018). Dicionário da Migração. Jornal Rosa Maria (10), pp.04-05. Obtido de https://issuu.com/renovaramouraria/docs/rosamaria_n10.
[10] Porto Editora – gentrificação no Dicionário infopédia da Língua Portuguesa. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-21 14:37:49]. Disponível em https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/gentrificação
INTERSECCIONALIDADE
O termo “interseccionalidade” foi cunhado em 1989, pela investigadora negra e feminista Kimberlé Crenshaw, de forma a descrever como as características identitárias como a raça, a classe ou o género se cruzam e sobrepõem, colocando cada indivíduo numa posição social particular. A interseccionalidade pode ser vista como uma ferramenta analítica bem como uma forma de investigação ou prática crítica, visando descrever a complexidade existente no mundo, nas pessoas e nas múltiplas experiências individuais. [1]
MATRIZ DE DOMINAÇÃO
Modelo que entende a raça, a classe e o género como sistemas interligados de opressão, e que colocam cada indivíduo numa localização diferente dentro da mesma matriz, de acordo com as suas características. O termo “matriz de dominação” está intimamente ligado ao conceito de interseccionalidade, mas é menos frequentemente utilizado nos dias de hoje. Cunhado pela investigadora e feminista negra Patricia Hill Collins, propõe um modelo conceptual que visa a reflexão sobre como o poder, as penalidades, a opressão ou o privilégio são sistematicamente distribuídos. [3]
SILÊNCIOS NÃO NATURAIS
Os silêncios naturais ocorrem nos arquivos quando determinado indivíduo ou grupo é silenciado através do uso de poder, sendo-lhes negado o direito a uma voz e espaço públicos, para se pronunciarem. As vozes que não se conformam com os ideais dos que estão em posições de privilégio, ou que não se enquadram nas referências dominantes ocidentais, são sistemicamente ignoradas e silenciadas, tanto de forma ativa, como por ignorância ou xenofobia, dando origem a estes silêncios não naturais, sendo que os grupos à margem na sociedade são também os que por norma ficam de fora dos arquivos. [5]
MULTICULTURALIDADE
As culturas e os sistemas culturais definem-se através de relações de oposição e convergência com outras formas de olhar, simbolizar e posicionar perante a realidade. Desta forma, nenhuma cultura se define isoladamente, mas através do contacto e coexistência com outras culturas. O termo “multiculturalidade” diz respeito à presença e coexistência de várias culturas e práticas sociais, o que pode ser visto por alguns como um perigo à identidade nacional, mas é hoje maioritariamente encarado como uma oportunidade de desenvolver formas de integração e desenvolvimento conjunto. [7]
MIGRANTE
Toda e qualquer pessoa que muda de país ou região durante um determinado período de tempo. Esta expressão é muito abrangente e engloba os migrantes nacionais (deslocados internos) e migrantes internacionais (emigrantes, imigrantes e refugiados). No entanto, a mudança de país ou região pode acontecer por diferentes motivos: por iniciativa própria ou por razões de força maior. [9]
O termo “interseccionalidade” foi cunhado em 1989, pela investigadora negra e feminista Kimberlé Crenshaw, de forma a descrever como as características identitárias como a raça, a classe ou o género se cruzam e sobrepõem, colocando cada indivíduo numa posição social particular. A interseccionalidade pode ser vista como uma ferramenta analítica bem como uma forma de investigação ou prática crítica, visando descrever a complexidade existente no mundo, nas pessoas e nas múltiplas experiências individuais. [1]
MATRIZ DE DOMINAÇÃO
Modelo que entende a raça, a classe e o género como sistemas interligados de opressão, e que colocam cada indivíduo numa localização diferente dentro da mesma matriz, de acordo com as suas características. O termo “matriz de dominação” está intimamente ligado ao conceito de interseccionalidade, mas é menos frequentemente utilizado nos dias de hoje. Cunhado pela investigadora e feminista negra Patricia Hill Collins, propõe um modelo conceptual que visa a reflexão sobre como o poder, as penalidades, a opressão ou o privilégio são sistematicamente distribuídos. [3]
SILÊNCIOS NÃO NATURAIS
Os silêncios naturais ocorrem nos arquivos quando determinado indivíduo ou grupo é silenciado através do uso de poder, sendo-lhes negado o direito a uma voz e espaço públicos, para se pronunciarem. As vozes que não se conformam com os ideais dos que estão em posições de privilégio, ou que não se enquadram nas referências dominantes ocidentais, são sistemicamente ignoradas e silenciadas, tanto de forma ativa, como por ignorância ou xenofobia, dando origem a estes silêncios não naturais, sendo que os grupos à margem na sociedade são também os que por norma ficam de fora dos arquivos. [5]
MULTICULTURALIDADE
As culturas e os sistemas culturais definem-se através de relações de oposição e convergência com outras formas de olhar, simbolizar e posicionar perante a realidade. Desta forma, nenhuma cultura se define isoladamente, mas através do contacto e coexistência com outras culturas. O termo “multiculturalidade” diz respeito à presença e coexistência de várias culturas e práticas sociais, o que pode ser visto por alguns como um perigo à identidade nacional, mas é hoje maioritariamente encarado como uma oportunidade de desenvolver formas de integração e desenvolvimento conjunto. [7]
MIGRANTE
Toda e qualquer pessoa que muda de país ou região durante um determinado período de tempo. Esta expressão é muito abrangente e engloba os migrantes nacionais (deslocados internos) e migrantes internacionais (emigrantes, imigrantes e refugiados). No entanto, a mudança de país ou região pode acontecer por diferentes motivos: por iniciativa própria ou por razões de força maior. [9]
DESIGN CRÍTICO
Primeiramente introduzido por Anthony Dunne, o termo refere-se a uma abordagem à prática do design que procura desafiar os limites, preconceitos e ideias sobre o papel dos objetos e sistemas na vida quotidiana. O design crítico reconhece o design enquanto ferramenta de transformação social e política, sugerindo uma atuação da disciplina fora da esfera comercial. Apesar da sua intenção transformadora, é uma prática envolta em alguns privilégios, pelos ambientes exclusivos em que circula e pelo contexto ocidental e imperialista em que a própria disciplina de design se formou. [2]
CONTRA-ARQUIVO
Os contra-arquivos são espaços de produção de conhecimento alternativo, que visam contestar a prática dos arquivos institucionais, e questionar o que é e o que deveria ser conhecimento público. Através do armazenamento e disseminação de narrativas alternativas, criam espaços de pertença e representação de grupos à margem na sociedade, e que são frequentemente excluídos dos arquivos tradicionais, remediando memórias sociais e culturais em maior risco de cair no esquecimento, e construindo um discurso político, de comunidade e de resistência. [4]
INTERCULTURALIDADE
A interculturalidade não resulta necessariamente do contacto entre várias culturas (multiculturalidade), é possível estar-se perante um cenário multicultural, mas os sistemas não sofrerem qualquer mudança. Para presenciar um fenómeno intercultural, é necessário que uma determinada cultura se disponibilize a absorver elementos de outras, produzindo-se assim entrosamentos ideológicos e culturais, gerando potencial de desenvolvimento que resulta desta interação diferencial. [6]
EMIGRANTE
É a pessoa que deixa o país da sua nacionalidade para ir viver noutro país. As normas internacionais sobre direitos humanos prevêem que toda a pessoa pode abandonar livremente qualquer país, nomeadamente o seu próprio, e que apenas em circunstâncias limitadas podem os Estados impor restrições ao direito de um indivíduo deixar o seu território. [8]
GENTRIFICAÇÃO
Processo de valorização imobiliária de uma zona urbana, geralmente acompanhada da deslocação dos residentes com menor poder económico para outro local e da entrada de residentes com maior poder económico. [10]
Primeiramente introduzido por Anthony Dunne, o termo refere-se a uma abordagem à prática do design que procura desafiar os limites, preconceitos e ideias sobre o papel dos objetos e sistemas na vida quotidiana. O design crítico reconhece o design enquanto ferramenta de transformação social e política, sugerindo uma atuação da disciplina fora da esfera comercial. Apesar da sua intenção transformadora, é uma prática envolta em alguns privilégios, pelos ambientes exclusivos em que circula e pelo contexto ocidental e imperialista em que a própria disciplina de design se formou. [2]
CONTRA-ARQUIVO
Os contra-arquivos são espaços de produção de conhecimento alternativo, que visam contestar a prática dos arquivos institucionais, e questionar o que é e o que deveria ser conhecimento público. Através do armazenamento e disseminação de narrativas alternativas, criam espaços de pertença e representação de grupos à margem na sociedade, e que são frequentemente excluídos dos arquivos tradicionais, remediando memórias sociais e culturais em maior risco de cair no esquecimento, e construindo um discurso político, de comunidade e de resistência. [4]
INTERCULTURALIDADE
A interculturalidade não resulta necessariamente do contacto entre várias culturas (multiculturalidade), é possível estar-se perante um cenário multicultural, mas os sistemas não sofrerem qualquer mudança. Para presenciar um fenómeno intercultural, é necessário que uma determinada cultura se disponibilize a absorver elementos de outras, produzindo-se assim entrosamentos ideológicos e culturais, gerando potencial de desenvolvimento que resulta desta interação diferencial. [6]
EMIGRANTE
É a pessoa que deixa o país da sua nacionalidade para ir viver noutro país. As normas internacionais sobre direitos humanos prevêem que toda a pessoa pode abandonar livremente qualquer país, nomeadamente o seu próprio, e que apenas em circunstâncias limitadas podem os Estados impor restrições ao direito de um indivíduo deixar o seu território. [8]
GENTRIFICAÇÃO
Processo de valorização imobiliária de uma zona urbana, geralmente acompanhada da deslocação dos residentes com menor poder económico para outro local e da entrada de residentes com maior poder económico. [10]